Hooje voomos falar sobre álcool na adolecência..
A maioria dos adolescntes começa a beber porque fazê-lo lhes parece uma "coisa de gente grande", "por estar na moda" e estar de acordo com o grupo, para se sentirem à vontade socialmente e para reduzir a ansiedade, escapando dos problemas.
A Adolescência é uma fase caracterizada por crises de identidade, iniciação sexual, questionamento de valores, normas estabelecidas, conflitos, saída para o mundo externo, busca de modelos, fatores que geralmente originam angústia e mal-estar.
Se o sistema familiar, em sua estrutura psíquica e afetiva, não é capaz de fornecer-lhe o suporte de que necessita para lidar com sua angústia, é comum que o jovem faça uso de bebidas e drogas facilmente oferecidas a ele pela sociedade e pelo grupo de iguais, como um meio para "solucionar"o mal-estar, em busca de momentos de prazer e alívio, pelo efeito traquilizante, de euforia e desinibição originados pelo efeito do álcool no sangue.
Entretanto, é assustador, nos dias atuais, o elevado número de jovens que abusam do consumo de álcool, causador freqüente de inúmeros acidentes automobilísticos e perdas prematuras de vidas. O crescente abuso do álcool pelos adolescentes amplia ainda mais o número de dependentes alcoólicos e, como se sabe, o alcoolismo crônico leva à disfunção de vários órgãos, assim como perturbações psicológicas que repercutem na vida do indivíduo.
O álcool, por ser proveniente de plantas de fácil cultivo, faz parte da história do homem e tornou-se a droga psicoativa mais consumida de todos os tempos. Assim como outras drogas que causam dependência, o álcool reforça o seu próprio consumo através da ativação do circuito de recompensa do cérebro. O consumo repetido de álcool pode induzir à tolerância, o que significa que a quantidade necessária para produzir o efeito desejado tem que ser progressivamente aumentada. O consumo repetido de altos níveis de álcool provoca lesão nos órgãos, principalmente estômago, fígado e cérebro (LONGENECKER,1998).
A bebida alcoólica é a droga mais consumida no Brasil e é a que tem o maior exército de dependentes.
O alcoolismo não é um problema
novo, nem restrito às
sociedades industrializadas e faixa etária. Há indicativos de que está diminuindo a idade em que
as pessoas começam a beber. Muitos alcoólatras
começam a beber aos 13 anos de idade
(BELAND & PASSOS,1978).
De acordo com
pesquisa realizada pelo NIDA(Instituto Nacional de Abuso de Drogas), um em cada
20 jovens, entre 15 e 17 anos bebem bebidas alcoólicas e 37% de jovens
entrevistados tinham tomado cinco ou mais doses de bebida, pelo menos duas
semanas que antecederam a pesquisa.
A essência do
problema não é tanto a bebida ingerida, mas decobrir o que se passa com esse
adolescente que não tolera ou não suporta o que vive, recorrendo a meios mais
fáceis de alívio e prazer.
Sem excluir a influência do social, é muito
importante que se descubra para que esse jovem bebe e porque não consegue lidar
com suas dificuldades de outro modo...
Certamente, "'é melhor prevenir que remediar",
por isso o modelo familiar é e será sempre o
grande alicerce e a base de uma vida saudável para o adolescente.
A melhor prevenção é formada por diálogo entre
pais e filhos, por um modelo parental que mostre ao jovem valores morais e
sociais bem definidos, que não seja ele também um exemplo de dependência química
de qualquer espécie(como condenar e cercear a bebida em meu filho, se eu mesmo
me embriago ou não sei passar sem ela, ou, se não bebo, uso drogas?), que não
seja fonte contínua de situações estressantes.
A melhor prevenção é possibilitar ao jovem que
possa construir uma identidade sólida, onde seus pais lhe ensinem a ter
objetivos de vida, tendo eles mesmos motivação, estabilidade emocional e um
sentido de vida. O adolescente precisa sentir, por parte dos pais
principalmente, que é bom crescer e se esforçar para alcançar o que se
deseja.
Pais que se sentem incompetentes, se alienam de
seus filhos, têm dificuldade de colocar limites para si e para o adolescente,
oscilam entre posições extremistas e disfuncionais, caracterizadas por posturas
ora rígidas, ora permissivas.
Estar junto, disponível, é muito importante.
Prevenir e esclarecer o filho sobre os efeitos negativos do álcool é tarefa dos
pais. Não deve ser evitada.
Ao lidar com situações de abuso de bebida, os
pais devem se mostrar seguros e firmes quanto a permitirem que o jovem assuma as
conseqüências de seus atos, evitando atitudes excessivamente protecionistas,
geradas muitas vezes por sentimentos de culpa.
O importante é lembrar que a bebida não está ali
por acaso. Ela é sintoma de algo que não pertence só ao adolescente, mas a todo
sistema familiar.
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